Com pior aprovação da história, Lula vê futuro político incerto e impulsiona articulações da direita

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o pior patamar de todos os seus mandatos, com apenas 24% de aprovação, segundo a mais recente pesquisa do Datafolha. O cenário desfavorável levanta dúvidas sobre sua competitividade em 2026 e movimenta adversários políticos, especialmente no campo da direita.

Diante da fragilidade do petista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já admite nos bastidores a possibilidade de disputar a Presidência, desde que tenha o apoio de Jair Bolsonaro. Aliados do paulista afirmam que ele está “100% disposto” a concorrer, mas sua candidatura depende da definição do ex-presidente, que ainda busca reverter sua inelegibilidade.

A indefinição de Bolsonaro trava o avanço de Tarcísio e amplia as especulações sobre o futuro da direita na disputa de 2026. Caso Lula confirme sua candidatura, Bolsonaro pode optar por apoiar um nome forte, como o do governador paulista. Se o petista desistir, o ex-presidente cogita lançar um de seus filhos, apostando em uma eleição mais acessível para a direita.

O cenário também abre espaço para uma pulverização de candidaturas no primeiro turno, com nomes como Eduardo Leite (PSDB), Ratinho Júnior (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) se movimentando. Sem um candidato único da direita, líderes políticos discutem um pacto de não-agressão para garantir apoio ao nome que chegar ao segundo turno contra a esquerda.

Enquanto isso, a crise de popularidade de Lula acende o alerta dentro do governo e no PT, que busca formas de reagir e recuperar terreno antes do próximo pleito.