Procissão das Almas de Paripiranga emociona fiéis e reforça tradição centenária

Paripiranga (BA) — Em clima de silêncio e devoção, a tradicional Procissão das Almas voltou a reunir fiéis nas ruas de Paripiranga durante a madrugada da Sexta-feira Santa. A cerimônia, que já atravessa gerações, é uma das manifestações religiosas mais emblemáticas do município e foi reconhecida oficialmente como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade em 2017, por meio da Lei Municipal nº 16/2017. A lei foi indicação do ex-vereador J Leal a partir de um estudo desenvolvido em parceira com colegiado de história do Centro Universitário Ages.

Realizada à meia-noite, a procissão parte da Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio e percorre diversas ruas do centro histórico, seguindo até o cemitério municipal. Fiéis vestidos com túnicas brancas e carregando velas ou lanternas caminham em silêncio absoluto, interrompido apenas por cânticos religiosos e orações em homenagem às almas do purgatório.

Mais do que um simples evento religioso, a Procissão das Almas carrega um profundo simbolismo. Ela representa a ligação entre os vivos e os mortos e oferece aos participantes um momento de introspecção, fé e reflexão sobre a vida e a morte. O silêncio respeitoso do cortejo cria uma atmosfera singular, que emociona tanto moradores quanto visitantes.

A organização do ritual envolve diretamente a Paróquia de Nossa Senhora do Patrocínio e conta com a participação ativa da comunidade local, que mantém viva essa tradição secular. Para muitos, o evento é um verdadeiro patrimônio espiritual que reforça os laços comunitários e preserva a identidade cultural do município.

Quem participa da procissão relata uma experiência única e transformadora. É um momento de comunhão e espiritualidade que atravessa o tempo, reafirmando a importância da fé e da memória coletiva em Paripiranga. 

 

 

 

 

 

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